terça-feira, 5 de novembro de 2013

desconsiderável

Muito me agradam
 Teresa, Francisco e Antônio.
Nos nomes já gritam
 neste mundo viemos ser altos,
mas de tão grande altura,
que se revelará na pequenez.

Gosto que me contem de mim 
coisas que são tão óbvias 
que não posso enxergar.

Acho mais bonito:
noiva correndo do altar, 
do que beijo de fim de casamento.
A maquiagem profissionalmente feita
 solvendo,
quilos de pano
 branco e caro 
voando para longe do altar.
Pra mim,
trágico é sinônimo de belo.

No mundo,
 só Adélia
 me entende,
me completa
 e me consome.

Só Deus me bate,
me ama,
me acolhe
 e me angustia
nas devidas proporções.

Crises alérgicas me levam à escrever,
já pensei ter alergia da vida

às vezes abro a Bíblia
e beijo,
 devoro,
leio,
amo.
Às vezes penso,
o que é isso, meu Deus?
 Meu? Deus?
o que será que acontece na Oceania,
que nunca falamos sobre?

em mim cabem todas elas:
Lola,
 Duda,
 Teresa,
 Adélia,
Sarinha,
Helena
 e Dudu,
e se não for petulância demais,
Maria.