às vezes me quero.
às vezes me dou.
às vezes me invento.
às vezes só sou.
não podem me por
um ponto final
se quero uma existência
em reticências.
não tô vendo Deus
medir
quantos dedos abaixo
dos joelhos
estão as saias.
por isso entro na igreja
e toco o sacrário
com o meu amor e
minhas carnes quentes
mesmo que me reprimam com o olhar
as beatas sem fervor.
meu pai diz:
você vai sair com esse rabo de fora?
respondo:
vou, pai.
o rabo é meu.
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